Como gerir pessoas no ambiente da mudança?
Por Carlos Júlio – Professor, escritor e empresário SP.
“Com educação, os trabalhadores mais experientes serão lideranças capazes de gerar valor para a empresa, para o cliente, para os funcionários e também para a comunidade.
As empresas, como a natureza, são cíclicas. E esse padrão regula também as carreiras.
O saber permite que novas fases de desenvolvimento e superação sejam desenvolvidas a partir da oportunidade e da inspiração.
Hoje, num momento de crescimento e diversificação da economia brasileira, exige-se essa virtude de todos os profissionais.
Eles precisam compreender os ciclos nas organizações e lidar com as transformações nos processos de produção, nos mercados e nas relações humanas.
Acredito, portanto, que cada vez mais os profissionais de RH tenderão a trabalhar criteriosamente no recrutamento,
seleção e formação de profissionais capazes de atuarem como protagonistas no teatro das mudanças.
Assim, o RH deve comandar processos estratégicos de reinvenção nas empresas, constituindo equipes sincronizadas, éticas, responsáveis e inovadoras.
Certamente, essa ação vai exigir uma visão da produção sustentável, ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável.
A tendência é que os especialistas ofereçam mais recursos educativos para os humanos que fazem as empresas, capacitando-os para detectar desafios
e oferecer soluções criativas para os problemas contemporâneos.
Nessa área, o maior desafio é a formação de lideranças que aliem expertise no segmento de atuação a saberes integrais na área das relações humanas.
Cabe lembrar que o conceito da formação de líderes está sendo superado por outro, aquele da formação de lideranças.
Em sistemas mais horizontalizados, qualquer colaborador se torna um líder ao identificar problemas,
sugerir soluções, assumir responsabilidades e compartilhar conhecimentos com o resto da equipe.
Quem segue este caminho está na liderança, mesmo que não ocupe qualquer cargo formal de chefia.
O profissional de RH do futuro deve, portanto, ser um referente estratégico de formação de equipes capacitadas para gerir a mudança.
Espera-se que construa e mantenha um circuito dinâmico de reinvenção orientada dos profissionais, em que as competências técnicas sejam acompanhadas de uma consciência acerca de valores intangíveis. Neste paradigma, quem aproveita uma oportunidade também assume uma responsabilidade.
Na hora de planejar a gestão de pessoas, convém que pensemos nessas tarefas urgentes. Afinal, a teoria, na prática, funciona!”